Adolescente grávida morta em crime brutal

Mulher presa por matar adolescente grávida e roubar bebê afirma ter agido sozinha

Uma mulher de 25 anos foi presa em Cuiabá sob a suspeita de assassinar uma adolescente grávida para roubar seu bebê. Em depoimento à polícia, ela confessou o crime e afirmou ter agido sozinha.

O crime

Emilly Beatriz de Azevedo Sena, de 16 anos, desapareceu na tarde de quarta-feira (data do ocorrido), depois de sair em busca de doações de roupas para sua filha. A jovem, que estava no nono mês de gestação, nunca mais voltou para casa, em Várzea Grande. Preocupados, os familiares denunciaram o desaparecimento à polícia.

Horas depois, a suspeita, Nataly Helen Martins, deu entrada em um hospital para registrar um recém-nascido como seu. Alegando ter dado à luz em casa, ela tentou obter a declaração de nascido vivo. No entanto, a equipe médica percebeu que Nataly não apresentava sinais de parto recente e acionou as autoridades.

Enquanto isso, o marido de Nataly, Cristian Albino Cebalho, fez uma postagem nas redes sociais com a foto da criança, afirmando que era sua filha. “Seja bem-vinda, minha filha”, escreveu ele. Diante das suspeitas, a polícia levou o casal à delegacia para prestar esclarecimentos e, paralelamente, iniciou buscas na casa de Nataly.

No local, os investigadores encontraram o corpo de Emilly enterrado em uma cova rasa no quintal da residência do irmão da suspeita. A adolescente estava com as mãos e pés amarrados, sinais de estrangulamento e um profundo corte no abdome.

Prisões e investigação

A polícia prendeu Nataly e Cristian em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Além deles, os agentes detiveram outras duas pessoas, que foram liberadas posteriormente. Durante o interrogatório, Nataly assumiu total responsabilidade pelo crime e garantiu que seu marido não teve participação. Após analisar as provas, os investigadores decidiram liberar Cristian, mas continuam apurando se ele ou outras pessoas estiveram envolvidos no crime.

Em audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Nataly, que seguirá detida enquanto o inquérito policial está em andamento.

Motivação do crime

Durante o depoimento, Nataly revelou que havia sofrido abortos espontâneos, mas escondeu essas perdas da família. Movida pelo desejo de ser mãe novamente, ela planejou o crime e preparou uma cova para enterrar a vítima antes mesmo de atraí-la ao local.

Laudo da perícia revela detalhes cruéis

A necropsia confirmou que Emilly estava viva no momento em que teve o abdome aberto. O exame também constatou que a jovem apresentava marcas de estrangulamento no pescoço, compatíveis com a versão da suspeita, que afirmou ter usado um fio para asfixiar a vítima.

Segundo a diretora da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso, Alessandra Mariano, o corte no abdome de Emilly não seguia padrões cirúrgicos, mas era “amplo e de tamanho significativo”. A causa da morte foi um choque hemorrágico devido à violenta remoção do bebê.

Defesa de Cristian alega inocência

O advogado de Cristian, Icaro Vione de Paulo, afirmou que seu cliente estava no trabalho no momento do crime. Segundo ele, Cristian só encontrou Nataly no hospital, pouco antes de ambos serem detidos. A família acreditava que a mulher estava realmente grávida, pois ela fazia publicações sobre a suposta gestação e chegou a realizar um chá revelação.

A defesa sustenta que Cristian foi enganado pela própria esposa e que não teve participação no crime.

Estado de saúde da recém-nascida

A bebê resgatada está internada sob cuidados médicos e passa bem. Até o momento, não há informações sobre seu destino, mas as autoridades devem decidir em breve se ela será entregue a familiares da vítima ou ficará sob a tutela do Estado.

A polícia segue investigando se Nataly realmente agiu sozinha ou se contou com a ajuda de terceiros. Novos desdobramentos do caso devem surgir nos próximos dias.

 

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