Caso Vitória: Contradições no Depoimento do Suspeito

Caso Vitória: Contradições no Depoimento do Suspeito

O Fantástico obteve o depoimento de Maicol Sales dos Santos, suspeito de matar a adolescente Vitória Regina, em Cajamar. Na semana passada, ele confessou o crime à Polícia Civil e afirmou que agiu sozinho.

Inconsistências no Depoimento de Maicol

Diversas inconsistências surgiram no depoimento de Maicol:

  • Número de Facadas: Maicol afirmou que deu dois golpes no pescoço de Vitória, mas a polícia verificou três golpes e ainda não encontrou a arma do crime.

  • Indícios no Carro: Não foram encontrados vestígios de sangue ou fios de cabelo no banco do carro, onde, segundo Maicol, o crime teria ocorrido.

  • Local do Corpo: Maicol declarou que enterrou o corpo de Vitória, mas a polícia encontrou o corpo em outro local, sobre o solo e não enterrado. Ele não conseguiu explicar essa discrepância.

A Defesa de Maicol e a Alegação de Coação

A defesa de Maicol afirmou que ele pode ter sido coagido e planeja pedir a anulação da confissão.

O Desaparecimento de Vitória e as Evidências

Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho. A perícia confirmou que ela foi vista pela última vez descendo de um ônibus próximo à sua casa. Imagens e dados do celular de Maicol mostram que ele acompanhava os passos de Vitória e sabia onde ela estava. Ele admitiu ter oferecido a carona e afirmou que Vitória entrou no carro por vontade própria.

Versão de Maicol e Divergências com a Perícia

Maicol contou que ele e Vitória tiveram um breve relacionamento e que ela ameaçou contar à esposa dele sobre isso. Durante uma discussão, segundo ele, Vitória o agrediu e, em resposta, ele desferiu golpes de faca que a mataram. No entanto, a perícia constatou três ferimentos, enquanto Maicol disse ter dado apenas dois golpes.

Evidências Encontradas no Veículo

A perícia encontrou vestígios divergentes do que Maicol descreveu. Não havia sangue ou fios de cabelo nos bancos, apenas uma possível mancha de sangue e um cabelo no porta-malas. Maicol alegou que ele limpou essa área e jogou a faca no rio.

O Corpo de Vitória e Contradições no Local do Enterro

O corpo de Vitória foi encontrado dias depois, em um terreno baldio. Maicol afirmou que enterrou o corpo, mas ele estava sobre o solo em um local diferente do que ele indicou. A polícia encontrou uma enxada e uma pá próximas ao corpo, que, supostamente, foram usadas no crime. Essas ferramentas pertencem ao padrasto de Maicol, mas a polícia não o questionou sobre isso durante o interrogatório.

A Polícia e a Investigação de Maicol

Em coletiva, a polícia revelou que Maicol monitorava Vitória desde o ano anterior e possuía cerca de 50 fotos de mulheres jovens em seu celular, todas semelhantes à vítima. O advogado de defesa de Maicol alegou que a confissão foi forçada e que ele não teve a presença de um advogado no momento do depoimento. Não há indícios visíveis de coação nos vídeos obtidos pelo Fantástico.

Pedido de Reconstituição do Crime

A família de Vitória não acredita que Maicol tenha agido sozinho e exige a reconstituição do crime.

“Quero saber de todos que estavam com ele. Todos. Eu falo ‘todos’ porque tenho certeza de que não foi apenas um; devem ser pelo menos dois ou três envolvidos nesse crime”, afirmou o pai de Vitória.

Próximos Passos da Investigação

A polícia ainda investiga se encontrou câmeras de segurança que confirmem a versão de Maicol. Exames de DNA no sangue e cabelo encontrados no carro e na casa do suspeito estão em andamento. O inquérito, quando finalizado, será enviado à Justiça.

Vitória: A Lembrança da Família

Vitória era lembrada pela família como uma jovem doce, estudiosa e trabalhadora.

“Se você for à escola que ela estudava, todos irão te falar quem ela era. Uma menina estudiosa, cheia de brincadeiras.

“Uma menina que, aos 17 anos, foi assassinada quando voltava do trabalho para casa. Além disso, ela postou que estava indo descansar, pois, no dia seguinte, teria mais trabalho”, comentou o pai de Vitória.

“Ela estava voltando do trabalho para casa quando foi assassinada”, foi acrescentado pelo pai. Vitória  sonhava com o dia do pagamento, queria crescer na vida”, disse o pai, emocionado.

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